quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Fascite Plantar

Olá amigos,

Ainda dentro do assunto, dores, lesoes, etc.... resolvi escrever um pouco sobre a fascite plantar.

Ontém mesmo estava conversando com um amigo aqui do grupo de corrida da empresa e ele estava me reclamando de dores na sola do pé.

Escutei alguns dos sintomas que ele me falou e disse:

- Cara, nao sou médico, mas quase certo que isso ai é fascite plantar.

Quase todos os corredores já tiveram ou quem sabe ainda terao.


A fáscia é uma membrana fibrosa que se localiza junto à gordura subcutânea da sola do pé e estende-se por toda a sua extensão, participando de maneira importante no mecanismo de sustentação do arco plantar.

A tensão nessa membrana é gerada quando se faz o apoio do pé no solo e aumenta conforme o peso do corpo é progressivamente deslocado à frente para se realizar o desprendimento na fase de apoio da marcha, caminhada e principalmente da corrida.

Essa tensão pode sofrer uma sobrecarga em decorrência de excesso de peso, aumento brusco de atividade ou falta de alongamento, entre outras causas, e podendo resultar em micro rupturas e na formação de um tecido com menor capacidade de se distender e de suportar carga, gerando dor e inflamação. É essa a fascite plantar.

A incidência da fascite insercional (que ocorre no local onde se inicia a fáscia) é duas vezes maior em mulheres que em homens, e mais comum em indivíduos com idade média de 45 anos. Muitos associam essa fascite ao famoso esporão de calcâneo (uma formação óssea na sola do pé, abaixo do calcanhar) que de vilão pouco têm na história: 50% dos indivíduos com dor na planta dos pés não têm esporão.

Não tão comum, mas igualmente incapacitante é a fascite do corpo da fáscia, que se apresenta como dor no região do arco do pé, piorando com a extensão dos dedos. Mais comumente detectada nos corredores de provas de velocidade e corredores de meia e longa distâncias, esse tipo de fascite está freqüentemente relacionada à técnica da corrida e à interação calçado-piso. Os indivíduos com pés planos ou cavos são mais suscetíveis.

A ocorrência de dor aguda durante a corrida deve ser cuidadosamente avaliada, pois pode estar relacionada à ruptura completa da fáscia. Para evitar esse quadro extremo, é importante avaliar criteriosamente o surgimento da dor plantar. Mas fique tranqüilo: cerca de 90% dos indivíduos com fascite plantar são tratados com sucesso através de medidas terapêuticas não operatórias – uso de palmilhas, fisioterapia e acupuntura, entre outros e de redimensionamento dos treinamentos.

A cirurgia só ocorre em quadros recorrentes, persistentes e que não tenham reagido aos cuidados específicos da patologia.


Abraços e bons treinos!

Jeison Costa.

2 comentários:

  1. Realmente essa danada parece ser razoavelmente comum. Recomendo dar uma olhada nestes dois posts no blog do meu amigo Tuco. Complementam as informações daqui além de serem ilustradas com vídeo que mostra como reforçar a musculatura visando prevenir a fascite:

    http://tcprojetotriathlon.blogspot.com/2009/08/fascite-plantar-fui-apresentado-da-pior.html

    http://tcprojetotriathlon.blogspot.com/2009/08/fascite-plantar-parte-ii-mais-comum-que.html

    Abraços,
    Shigueo

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  2. Boa Shigueo, Fascite é o "cao"... hehehehe eu já tive e nos dois pés simultaneamente.

    Aliás, quando corri a Volta da Ilha estava com uma fascite cronica.... tive que parar por um tempo pra conseguir tratar bem.

    Abracos e valeu a fica do BLOG do Tuco.

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