É comum, depois de uma corrida, o atleta dizer que “tinha coração, mas faltou perna”. Um bom trabalho de resistência muscular, aliada a uma periodização adequada, com o acompanhamento de um profissional competente, resolve esse problema e ainda ajuda o corredor a melhorar seu tempo.
Até poucos anos atrás, poucos treinadores acreditavam que a musculação pudesse beneficiar atletas de esportes aeróbios. Mas a evolução do conhecimento na área e dos aparelhos para o trabalho de musculaturas específicas mudaram esse quadro.
Hoje, o fortalecimento muscular, seja através do trabalho estático com pesos da musculação ou através do trabalho dinâmico dos exercícios pliométricos fazem parte da rotina da maioria dos atletas de elite e trazem benefícios para todos os níveis de corredores:
• Melhoram a habilidade de aumentar a velocidade do movimento, já que ganhando força ganha-se também potência e agilidade.
• Melhoram a eficiência e a economia da corrida, possibilitando correr mais gastando menos energia.
• Fortalecem os ossos, músculos e ligamentos, prevenindo lesões.
• Auxiliam o controle de peso e a diminuição da porcentagem de gordura no corpo.
Para as mulheres, exercícios de resistência são quase uma necessidade, já que estudos mostram que elas são mais suscetíveis a lesões no joelho devido ao ângulo dos ossos da coxa.
• Diminuem a perda de massa muscular, que se acentua a partir dos 40 anos de idade.
O trabalho de musculação é especialmente importante na fase de base, quando o corpo está aprendendo a combinar força com potência. Existem vários métodos de treinamento e exercícios, e o nível de esforço varia de atleta a atleta. Mas algumas dicas valem para todos:
1) Se possível, tenha supervisão de um bom treinador pelo menos nas suas primeiras sessões.
2) A musculação deve envolver mais de um grupo muscular, pois o ato de correr é uma seqüência de movimentos não isolados. Trabalhe grupos musculares alternados, em dias alternados.
3) A ênfase deve ser na resistência e não na força. Para isso, execute várias repetições do movimento a uma velocidade regular, sentindo a fadiga aumentar.
4) Lembre-se que o trabalho deve ser leve, bem elaborado e com cargas muito bem escolhidas. Mesmo uma margem pequena de erro nas cargas ou movimento pode acarretar lesões sérias.
5) Quando se inicia um trabalho de musculação, é comum o atleta se sentir um pouco “preso”, com uma leve perda da flexibilidade. Essa sensação costuma ser passageira e não causar maiores problemas.
6) A corrida pode ser um bom meio de se soltar após uma sessão na academia ou o trabalho com pesos pode ser feito após uma corrida leve – como você preferir.
7) Durante o período de competições, a freqüência e a intensidade do trabalho de resistência devem diminuir.
PLIOMETRIA
O trabalho pliométrico condiciona o corpo através de exercícios dinâmicos de resistência muscular. Usando saltos e pulos, a pliometria explora os ciclos musculares de extensão e contração para trabalhar a força muscular. Além de trazer todos os benefícios de um trabalho estático com pesos, a pliometria também condiciona o sistema nervoso a reagir mais rapidamente aos ciclos de extensão e contração muscular.
Abraços e bons treinos!
Jeison Costa.
Taí uma coisa que tenho comentado com colegas corredores por aí. Não tenho vontade de ir pra academia fazer musculação. Acho que não gosto do ambiente. Mas entendo a necessidade e a importância da musculação.
ResponderExcluirVai ser projeto pra depois que cumprir a 1a. meia maratona. Uma coisa de cada vez!
Abraços,
Shigueo
E ai Shiguei, cara eu sou assim tb... na realidade antes de começar a correr eu fazia Jiu Jitsu, lutei durante vários anos e nesse tempo acho que já puxei ferro pra minha vida toda (bem é só olhar meu porte físico).
ResponderExcluirAgora ponho foco em exercícios funcionais, natacao e a musculação faco trabalhos muito específicos.
Porém é super importante, principalmente para corredores iniciantes, manter um bom trabalho regular de musculação.
Abracao e bons treinos!