O ser humano atual herdou de seus ancestrais a agressividade. Os homens antigos tinham de ser agressivos para manter a sobrevivência. Essa força vem do poder da testosterona, que dá uma enorme capacidade de luta e movimento ao homem, mais que às mulheres. Nelas, a vitória acontece por sua incrível resistência e por sua perseverança, aliadas a uma capacidade extremamente superior de sustentar a dor e o sofrimento. No entanto, temos que entender que o mundo de hoje, apesar de ser agressivo e violento, não exige mais essa agressividade física herdada de nossos ancestrais. O uso mal empregado da testosterona e de outros hormônios agressivos, como a adrenalina, leva o homem a uma completa disfunção orgânica, já que ele se tornou sedentário e não tem mais os perigos e inimigos para combater.
O esporte
Os inimigos de hoje estão na cabeça: são inseguranças, que geram ansiedade e angústia. Daí a importância dos esportes e das competições, para que ele possa canalizar a agressividade de uma forma saudável e equilibrar sua energia. O sedentário, como não emprega essa energia no esporte, é afetado de forma aguda e perniciosa pela violência, que se volta contra ele mesmo e provoca um enorme desequilíbrio no organismo e toda a sorte de enfermidades, físicas e ou mentais. Assim, é natural do homem ser agressivo - e até importante para sua realização familiar e profissional -, mas, quando a violência ultrapassa um nível conveniente, o ser humano se descontrola e passa a causar danos à sua saúde.
O coração
Um dos órgãos mais afetados é o coração. Podemos dizer que a relação entre a agressividade e a saúde do coração é total, porque, quando o homem está nervoso, o músculo cardíaco recebe muitos estimulantes. Eles são desnecessários, já que não vai haver nenhum embate físico. O coração sai, portanto, da zona de conforto e se agita sem necessidade, provocando um grave desgaste. Há uma relação muito profunda entre as nossas emoções e o nosso coração. As emoções estão localizadas na parte do cérebro que pertence ao cérebro antigo, que comanda nosso músculo cardíaco. O descompasso emocional de quando não controlamos a agressividade provoca um grande descontrole do nosso coração e pode levar a arritmias graves.
A respiração
Por outro lado, o homem possui duas ferramentas extraordinárias para colocar sua agressividade como aliada e não adversária. Essas ferramentas são o exercício físico, de que já falamos, e a respiração. A respiração é um portal magnífico para o nosso sistema vegetativo, que trabalha sem nossa interferência para nos manter vivos. Não podemos mandar nosso coração bater mais devagar, por exemplo, mas, com uma respiração profunda, você traz tranqüilidade e calma ao organismo. O importante é colocar oxigênio de forma mais abundante possível no corpo. Ele é o elemento apaziguador de toda sua fúria, o elemento catalizador do seu melhor rendimento. O homem atual deve controlar a agressividade e fazê-la render em forma de trabalho e resultado.
Abraços e bons treinos!
Jeison Costa.
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